quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Esopo - A Raposa de Barriga Inchada

Uma raposa, morta de fome, viu no oco de um carvalho alguns pedaços de carne e pão, deixados pelos pastores. Ela entrou pela abertura e come fartamente, o que fez sua barriga inchar... E então ficou impossível sair de lá.
Ela começou a gemer e se lamentar. Outra raposa, que passava por ali, ouviu as suas queixas e se aproximou para perguntar qual era o motivo daquilo. Quando soube o que acontecera, disse:
- Pois fique ai até voltar ao que era antes... Então conseguirá sair com facilidade !

O tempo passa e acaba aliviando nossos sofrimentos.

Às vezes, por desejo ou necessidade, nos colocamos em situações de perigo ou apenas constrangedoras, mas, seja qual for a situação, o tempo fará com que este constrangimento seja deixado no passado e a vida possa seguir em frente.
Cuidado onde estará saciando seus desejos, nem sempre é possível somente esperar !!!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Conto - A Lebre e o Sapo

Uma variação do conto da Lebre e a Tartaruga...

Uma lebre ficava incomodando os sapos, dizendo que eles só sabiam dar aqueles saltinhos, que não serviam para fugir de um predador, não serviam para uma corrida séria. Tanto perturbou até que um sapo resolveu propor um desafio, uma corrida desde o início da mata até o extremo oposto, como se tratava de uma grande distância, a lebre aceitou prontamente, sabia que tinha todas as chances de ganhar.
No dia marcado lá estavam a lebre e o sapo no início da floresta. Como a lebre sabia do conto de Esopo, não iria dar chances para o sapo.
No momento em que a dona coruja deu a largada, a lebre saiu em disparada em direção ao seu objetivo, depois de muito correr, deu uma parada e olhou para trás e disse: "Tenho certeza de que o sapo ficou lá para trás".
Neste momento, ouviu atrás de si: "Você demorou para chegar neste ponto, teve problemas ?"
Olhou assustada e viu que o sapo já se encontrava à sua frente, saiu em disparada, nem respondeu à pergunta de seu concorrente.
Depois de correr uma grande distância, parou e olhou para trás novamente: "Agora sim, aquele sapo ficou lá para trás".
Novamente, quando terminou de dizer essas palavras ouviu uma voz atrás de si: "Você demorou para chegar neste ponto, teve problemas ?"
Novo susto e nova disparada, correu como nunca tinha corrido antes, parou um pouco para respirar, olhou para trás e novamente foi surpreendida pela voz do sapo. Saiu em disparada novamente.
Toda vez que a lebre parava para respirar, levava o mesmo susto, o sapo já se encontrava à sua frente, nova corrida, nova parada, novo susto, nova disparada. Foi assim durante todo o percurso até o extremo oposto onde se encontrava a chegada.
Chegou totalmente sem fôlego, cruzou a linha demarcatória e olhou para trás, desta vez tinha certeza de que o sapo não poderia ter lhe acompanhado, afinal, sapo não era tão rápido quanto uma lebre assustada.
Enquanto ainda esta se recuperando, ouviu novamente a conhecida voz do sapo: "Por que demorou tanto para chegar ? Parou para dormir ?"
A lebre se deu por vencida, não sabia como, mas o sapo certamente havia chegado antes dela.
Pediu para que o sapo explicasse como conseguira correr tão rápido.
O Sapo lhe respondeu, com certo tom de satisfação :
- Não corri, a sua ofensa não foi contra mim, foi contra todos os sapos da redondeza, então combinamos ficar por todo o caminho, sempre que você parasse, um sapo surgiria à sua frente e faria a mesma pergunta. Isso te deixaria confusa e você correria desorientada, sem parar para pensar. 
- Nós não vencemos, mas creio que você ganhou muito mais do que uma fútil corrida.

Quando ofendemos os mais fracos, eles poderão se unir e, em grupo, vencer qualquer desafio.

Esopo - A Tartaruga e a Lebre

Uma tartaruga e uma lebre discutiam: Quem era a mais rápida ?
Então fixaram uma hora, um lugar e marcaram uma corrida.
No meio do caminho, a lebre perdeu completamente o interesse pela competição, certa de sua velocidade. Deitou-se na beira da estrada e adormeceu.
A tartaruga, consciente de sua lentidão, não se permitiu nenhuma pausa e, deixando para trás a lebre adormecida, alcançou o objetivo, a vitória e o prêmio !


Muitas vezes o esforço vence o talento natural, quando este se torna indiferença.

Lembro-me perfeitamente quando o jogador de basquete Oscar (Mão Santa) ia aos treinamentos, ele chegava antes dos demais e saía depois de todos, mesmo em dias em que não havia treino, ele e a esposa iam treinar, ela pegando as bolas e ele arremessando insistentemente.
O apelido "Mão Santa" vem da capacidade de sempre acertar seu alvo.
Quando o talento natural é companheiro do esforço, então os objetivos serão atingidos, com certeza...